Nova tecnologia

Drone de pulverização promete reduzir o uso de  defensivos agrícolas nas plantações

Mariana Fontana

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Uma nova tecnologia pode revolucionar o trabalho dos produtores rurais nos próximos anos. A empresa gaúcha SkyDrones, de Porto Alegre, apresentou, no começo do mês, para a Região Central, o Pelicano, o drone de pulverização desenvolvido pela empresa. Ainda não há regulamentação de voo para que o equipamento opere, mas a expectativa é que ele possa ser comercializado até o fim deste ano.

Investimento no solo reduz custos, amplia a produtividade e garante o futuro da produção agrícola

Conforme o CEO da SkyDrones, Ulf Bogdawa, os drones vêm sendo empregados com frequência na agricultura, em especial nos últimos quatro anos. Segundo ele, a tecnologia traz vantagens desde a plantação até o tratamento necessário para corrigir a falta de nutrientes nas plantas, por exemplo.

Os drones funcionam por meio de sensores, que, na agricultura, são os responsáveis por encontrar doenças (pragas) nas plantações, através de câmeras multiespectrais. No caso específico do Pelicano, seu principal benefício é reduzir o uso de defensivos agrícolas nas culturas, já que consegue pulverizar pontualmente as doenças.

– Isso viabiliza uma aplicação de produtos e uma correção mais cedo e mais localizada. Não precisa mais usar o produto em tudo, se utiliza somente onde precisa. Isso resulta em economia de produto químico e de custo da produção, já que vamos atacar o problema antes que se faça um grande estrago – diz Bogdawa.

O Pelicano tem capacidade para carregar 10 kg de produto químico, o que possibilita a atuação em dois hectares de terra a cada voo. Conforme Bogdawa, os custos dependem da necessidade do produtor, já que é possível ir adaptando os equipamentos. Para um sistema de verificação e pulverização, o investimento do produtor gira em torno de R$ 250 mil e pode promover uma economia de até 60% nos produtos químicos utilizados.

– É uma ferramenta para os pequenos produtores. A gente está popularizando tecnologia de ponta. A quantidade de produto químico usado e o aumento na produtividade é tão superior aos custos dos equipamentos que praticamente não se perde dinheiro – resume.

Anac precisa regulamentar

No entanto, ainda não há liberação para que o equipamento seja operado no país. Segundo Bogdawa, já há tratativas, desde 2013, com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para regulamentação. Entretanto, ela ainda não foi autorizada e o equipamento só está sendo usado em testes. Segundo o CEO, a expectativa é que a legislação seja publicada nos próximos meses.

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